Após Falcão deixar seleção, jogadores acusam calote de confederação

Liderados pelo ala Falcão, um grupo de quase dez jogadores campeões mundiais pela seleção brasileira de futsal em 2012 acusaram a CBFS, a confederação brasileira da modalidade, de não pagar as premiações daquele título. Eles ainda alegaram que foram ameaçados pelo presidente da entidade, Aécio de
Borba Vasconcelos, de serem cortados da convocação do Mundial caso não aceitassem o valor proposto na época da competição –cerca de R$ 30 mil para cada um. Os convocados pediram cerca de R$ 50 mil por campeão. O dirigente justificou que não conseguiu atender ao valor pedido pelos atletas pois
tinha dívidas para pagar no ano passado e negou que tenha pressionado a aceitarem a quantia menor.
Em nota divulgada ontem, o camisa 12 do Brasil fez duras críticas à entidade e chegou a anunciar a sua aposentadoria da equipe nacional, comandada atualmente pelo técnico Ney Pereira. "Jamais teve um 'muito obrigado' ou qualquer tipo de agradecimento com ninguém. Somos descartáveis, inúteis em todos os momentos. Assim que eu e meus companheiros campeões do mundo nos sentimos", escreveu Falcão.



Capitão do time no torneio disputado na Tailândia, o ala Vinícius disse que a entidade recebe mais de R$ 50 milhões de patrocinadores como Correios, Banco do Brasil e Chevrolet, e que, mesmo assim, a confederação não quis negociar a premiação antes de começar a competição. 

"Como capitão da equipe, sempre era eu quem negociava a premiação com a confederação e ficava sabendo dos valores de patrocínios. Mas, a gente se calou naquele época pois tínhamos receio de retaliação e queríamos jogar pela seleção", disse. O veterano jogador também publicou, em suas redes sociais, uma carta enviada pelo dirigente antes do Mundial na qual Vasconcelos escreveu que aguardava até o dia 25 (de outubro de 2012) o pronunciamento dos jogadores sobre o assunto, o que seria " fator decisivo para a confirmação da lista de convocados a ser encaminhada à Fifa". Outro integrante da seleção heptacampeã de futsal, Ari Santos criticou ainda a preparação pré-Mundial organizada pela CBFS. "Fizemos jogos contra equipes sem expressão e em quadras em condições horríveis. E, depois, não recebemos nada", finalizou o também ala do Barcelona.


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