Na última terça-feira, 03, o jornal O Estado de São Paulo afirmou que o ex-diretor de abastecimento da Petrobras, Paulo Roberto Costa, teria citado Aníbal Gomes em sua delação premiada. Segundo Costa, o parlamentar cearense seria o “interlocutor” do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB), no recebimento de propina e se apresentava como “representante” de Renan.
O deputado cearense negou as acusações, mas admitiu conhecer o ex-diretor da Petrobras, afirmando não ter proximidade com ele. O deputado disse não entender como seu nome foi citado nas investigações.
Os pedidos de investigação em questão se referem a 54 pessoas, sendo elas autoridades e suspeitos sem prerrogativa de foro no STF. No total será pedida a abertura de 28 inquéritos, sendo que Janot já fez também sete pedidos de arquivamento por falta de provas.Desde o início da semana o que se sabia é que os presidentes da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), e do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL) figuravam na lista de Janot. O procedimento, agora, prevê denúncia por parte do Ministério Público aos acusados e, finalmente, julgamento do STF com base nas denúncias feitas
Os pedidos de investigação são baseados nas delações do doleiro Alberto Youssef e do ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa. Os delatores citaram o envolvimento de parlamentares de cinco partidos: PT, PMDB, PP, PSDB e PSB. Uma assessora do Supremo leu os nomes dos parlamentares alvos dos inquéritos. São os seguintes:
PP
– Senador Ciro Nogueira (PI)
– Senador Benedito de Lira (AL)
– Senador Gladson Cameli (AC)
– Deputado Aguinaldo Ribeiro (PB)
– Deputado Simão Sessim (RJ)
– Deputado Nelson Meurer (PR)
– Deputado Eduardo da Fonte (PE)
– Deputado Luiz Fernando Faria (MG)
– Deputado Arthur Lira (AL)
– Deputado Dilceu Sperafico (PR)
– Deputado Jeronimo Goergen (RS)
– Deputado Sandes Júnior (GO)
– Deputado Afonso Hamm (RS)
– Deputado Missionário José Olímpio (SP)
– Deputado Lázaro Botelho (TO)
– Deputado Luis Carlos Heinze (RS)
– Deputado Renato Molling (RS)
– Deputado Roberto Balestra (GO)
– Deputado Roberto Britto (BA)
– Deputado Waldir Maranhão (MA)
– Deputado José Otávio Germano (RS)
– Ex-deputado e ex-ministro Mario Negromonte (BA)
– Ex-deputado João Pizzolatti (SC)
– Ex-deputado Pedro Corrêa (PE)
– Ex-deputado Roberto Teixeira (PE)
– Ex-deputada Aline Corrêa (SP)
– Ex-deputado Carlos Magno (RO)
– Ex-deputado e vice governador João Leão (BA)
– Ex-deputado Luiz Argôlo (BA) (filiado ao Solidariedade desde 2013)
– Ex-deputado José Linhares (CE)
– Ex-deputado Pedro Henry (MT)
– Ex-deputado Vilson Covatti (RS)
PMDB
– Senador Renan Calheiros (AL), presidente do Senado
– Senador Romero Jucá (RR)
– Senador Edison Lobão (MA)
– Senador Valdir Raupp (RO)
– Deputado Eduardo Cunha (RJ), presidente da Câmara
– Deputado Aníbal Gomes (CE)
– Ex-governadora Roseana Sarney (MA)
PT
– Senadora Gleisi Hoffmann (PR)
– Senador Humberto Costa (PE)
– Senador Lindbergh Farias (RJ)
– Deputado José Mentor (SP)
– Deputado Vander Loubet (MS)
– Ex-deputado Cândido Vaccarezza (SP)
PSDB
– Senador Antonio Anastasia (MG)
PTB
– Senador Fernando Collor (AL)
Operadores do esquema
– João Vaccari Neto, tesoureiro do PT
– Fernando Soares, o Fernando “Baiano”
Arquivamentos:
Delcídio do Amaral Gómez
Alexandre José dos Santos
Henrique Eduardo Lyra Alves
Aécio Cunha Neves
Remessa à Justiça do Paraná:
Cândido Elpidio de Souza Vacarezza
Antônio Palocci Filho
Remessa de documentos ao STJ:
Ciro Nogueira Lima Filho
Aguinaldo Velloso Borges Ribeiro
Remessa ao TRF da 1ª Região:
João Alberto Pizzolatti Junior
Pedro da Silva Correa de Oliveira Andrade Neto
Fonte: Cearáagora
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